28.4.13

Casos #2

Certa madrugada encontrava-me no Oriente. Dirigi-me a um wc público e reparei que era seguido por um individuo, que entrou atrás de mim. O homem parou literalmente no wc para me mirar, eu agi mal com a perseguição, olhei-o e perguntei 'o que queres pá?'. Era uma personagem na casa dos 60, muito magro, relativamente calvo, trazia uma pasta numa das mãos. Eu entrei numa divisão do wc e fechei a porta, despreocupado, sem me aperceber, na altura, da índole de tarada do sujeito. A certa altura apercebi-me, momentaneamente, por minha sorte, que a porta da divisão onde me encontrava estava sendo aberta por essa pessoa. Não deve ser difícil, quiçá, abrir, de fora, essas portas de compartimentos públicos, com um lado de uma chave possivelmente. Vendo-me  ele ainda semi-nu, ganhei uma raiva imensa logo que vi a sua cara a querer entrar e creio ter-lhe magoado, pois mandei-me contra a porta com violência a fim de o impedir. Fugiu. Eu fiquei possesso, de um modo que desconhecia de mim, sei que o procurei, dei a volta à rua, fui à praça de táxis. Na minha cabeça só restava o pensamento de o atirar ao chão e lhe espezinhar os tomates. 

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